Página para divulgar meus serviços de doula e informações relativas à gravidez, parto humanizado e maternidade
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Dica rápida 8
se você planeja um parto normal, comece a fazer exercícios de preparação do períneo. Assim, você tem menos chance de sofrer lacerações no nascimento do bebê.
Dica rápida 7
Tente "desmedicalizar"! Procure entrar em contato com seu corpo e entendê-lo antes de se medicar ou correr para o médico. Então, se sentir uma dor de cabeça, procure primeiro comer alguma coisa, beber água e descansar um pouco em vez de tomar logo um analgésico
violência obstétrica
Hoje vamos falar sobre algo dolorido, que mexe com os sentimentos de várias mulheres que já foram mães e assusta as que ainda serão: violência obstétrica, que atinge 1 em cada 4 mulheres no Brasil. Você sabe o que é isso?
O termo violência obstétrica engloba uma série de tratamentos desrespeitosos à mulher quando seu bebê vai nascer. Vai desde piadinhas de mau gosto até intervenções médicas feitas contra a vontade da mãe durante o parto. É extremamente cruel, porque atinge a mulher em um momento de extrema fragilidade, em que ela deveria se sentir protegida, acolhida, cuidada. É uma traição a todos os princípios de atendimento na saúde.
Exemplos de violência obstétrica:
- Infantilizar a mulher, tratando-a como incapaz (“Ah, que bonitinha... Ela quer um parto natural... Mas olha, mãezinha, seu bebezinho pode entrar em sofrimento...).
- Tratar a parturiente de forma agressiva, não-empática (“É, né, na hora de fazer foi bom!”).
- Submeter a mulher a procedimentos dolorosos e não necessários (ex.: lavagem intestinal, raspagem dos pelos pubianos).
- Isolar a mulher, negando-lhe direito a acompanhante, a usar o telefone, etc.
- Recriminar os comportamentos da mulher (“Se continuar gritando eu não venho mais te atender”)
- Fazer procedimentos sem pedir permissão (ocitocina, episiotomia, etc.).
- Infantilizar a mulher, tratando-a como incapaz (“Ah, que bonitinha... Ela quer um parto natural... Mas olha, mãezinha, seu bebezinho pode entrar em sofrimento...).
- Tratar a parturiente de forma agressiva, não-empática (“É, né, na hora de fazer foi bom!”).
- Submeter a mulher a procedimentos dolorosos e não necessários (ex.: lavagem intestinal, raspagem dos pelos pubianos).
- Isolar a mulher, negando-lhe direito a acompanhante, a usar o telefone, etc.
- Recriminar os comportamentos da mulher (“Se continuar gritando eu não venho mais te atender”)
- Fazer procedimentos sem pedir permissão (ocitocina, episiotomia, etc.).
E o que a gente pode fazer contra isso?
Antes de mais nada, saber. Conhecer nossos direitos e dar o nome correto. Não é “piadinha de mau gosto”, é violência obstétrica. Não é “enfermeira grosseira”, é violência obstétrica. Nós, mulheres, temos o dever de contar isso umas às outras! Pode ser ainda comum, mas não é normal que sejamos tratadas assim na hora de trazer nossas crias ao mundo, e não podemos deixar barato!
Em segundo lugar, DENUNCIAR. Se você sofreu violência obstétrica, divulgue nas redes sociais! Envie cartas ao hospital e ao plano de saúde, se for o caso. Entre em contato com um advogado para avaliar a possibilidade de entrar na justiça e exigir retratação e indenização por danos morais.
Antes de mais nada, saber. Conhecer nossos direitos e dar o nome correto. Não é “piadinha de mau gosto”, é violência obstétrica. Não é “enfermeira grosseira”, é violência obstétrica. Nós, mulheres, temos o dever de contar isso umas às outras! Pode ser ainda comum, mas não é normal que sejamos tratadas assim na hora de trazer nossas crias ao mundo, e não podemos deixar barato!
Em segundo lugar, DENUNCIAR. Se você sofreu violência obstétrica, divulgue nas redes sociais! Envie cartas ao hospital e ao plano de saúde, se for o caso. Entre em contato com um advogado para avaliar a possibilidade de entrar na justiça e exigir retratação e indenização por danos morais.
Por fim, vou deixar aqui um vídeo. É um documentário sobre violência obstétrica. É bem dolorido, viu, daqueles difíceis de assistir. Mas depois dele, nunca mais você vai encarar a violência obstétrica da mesma forma.
Hoje eu quero compartilhar com vocês um texto muito especial, da Waleska Nunes. Eu o li quando estava grávida da minha primeira filha, e me ajudou a entender melhor o que é uma contração e como lidar com ela. Hoje, relendo, vejo que, de fato, ele descreve muito bem todo o processo.
"Ela vai durar bem pouquinho no início. Tanto é que as primeiras, se você estiver dormindo, nem vai sentir. Duram segundinhos. E até vir a próxima “onda” leva tanto tempo que você já se esqueceu como foi a anterior. Está entendendo?
Quando o TP engrenar, o que pode demorar horas ou dias, você já vai estar habituada com a contração. Já conseguirá identificar quando ela inicia, saberá quando está na “crista da onda” e também quando ela está indo embora.
Então o que muda para ficar tão difícil como dizem?? Muda a duração da contração: que era segundinhos e passa a ser de um minuto ou pouco mais. Muda também o intervalo: que podia ser de hora ou longos minutos e pode passar a ter segundinhos.
Ou seja, não existe um momento a partir do qual você sentirá uma dor dilacerante e ficará com ela por dias!
Contrações são ondas. Vêm e vão. E algumas mulheres, com trabalho de parto prolongado, podem ter intervalos de minutos e até DORMIR entre uma contração e outra.
Mas aí vem o grande mistério do poder feminino de parir:
Se você entender muito bem que aquelas ondas estão trazendo seu filho, a cada contração você o sentirá mais próximo dos seus braços. Você não lutará contra a contração, porque você QUER que ela venha e lhe traga seu filho. Estar dando à luz e ser a protagonista daquele fenômeno é tão fabuloso que em vez de vestir aquele momento com dor… surpreendentemente você poderá fazê-lo com PRAZER.
Porém, você só pode fazer aquilo que acredita que pode.
Ainda resta algum tempo até o seu parto, portanto, eu gostaria de lhe dizer para reforçar a autoestima, olhar para a Cris que muitas vezes superou outros obstáculos na vida, encontrar força e confiança para assumir o nascimento do seu filho.
Acredite que, apesar de tudo que já lhe disseram sobre dores insuportáveis, as mulheres têm sobrevivido a isso por milênios. E elas não o fariam tantas vezes, se realmente fosse maior do que elas podem aguentar.
Eu acredito em você!"
Dica rápida 6
Não entre na onda do "gravidez não é doença", não fique se obrigando a cumprir os mesmos afazeres, com a mesma eficiência de antes de engravidar. Realmente, gravidez não é doença, mas gestar consome muuuita energia. Permite-se diminuir o ritmo, permite-se não render tanto no trabalho, permita-se dormir um pouquinho mais. Gravidez não é doença, mas gestar cansa muito!
Encontro com minha doulanda Mônica
Encontro com minha doulanda Mônica... Casa acolhedora, energia boa!
Analisamos o plano de parto, passei alguns exercícios de preparação e expliquei os sinais do trabalho de parto e o que vamos fazer juntas! De quebra, comi pão de queijo e conheci as irmãs mais velhas do João. Emoticon smile
Ah, a Mônica não se resume a uma barriga, mas como ela não quis que o rosto dela aparecesse na foto, foi esse o jeito...!
Como relaxar?
Uma das principais queixas da mulher, principalmente do meio para o final da gravidez, é a ansiedade. Ansiedade em ver tudo pronto para chegada da criança, se preparar para o parto, ansiedade com o momento do nascimento, para ver logo o rostinho... Só que essa ansiedade toda é um grande problema, porque o nosso corpo reage à nossa mente, e a ansiedade, principalmente se combinada com má alimentação e ausência de atividades físicas, pode desencadear problemas como hipertensão e diabetes gestacional. Então, é fundamental que a grávida aprenda a relaxar, e por isso o post de hoje vai trazer técnicas e dicas para te ajudar nessa difícil missão:
1. Meditação
a) Essa técnica de meditação em 1 minuto é ótima para quem, como eu, é ansiosa demais até para meditar, e fica agoniada querendo saber quando termina. É rápido e você só precisa fechar os olhos e prestar atenção na respiração:
a) Essa técnica de meditação em 1 minuto é ótima para quem, como eu, é ansiosa demais até para meditar, e fica agoniada querendo saber quando termina. É rápido e você só precisa fechar os olhos e prestar atenção na respiração:
b) Se você tem um pouco mais de paciência, tem esse relaxamento para gestantes. Tem uns 20 minutos e consiste em ficar atenta à música e respirar calmamente enquanto olha as imagens da gestação mês a mês:
2. Bola
Recomendo muitíssimo a compra de uma bola de pilates. Ela é maravilhosa para a grávida se exercitar e relaxar durante a gravidez e faz milagres no trabalho de parto. Exemplo movimentos com bola para relaxar:
Recomendo muitíssimo a compra de uma bola de pilates. Ela é maravilhosa para a grávida se exercitar e relaxar durante a gravidez e faz milagres no trabalho de parto. Exemplo movimentos com bola para relaxar:
3. Yoga
a) Uma aulinha de 13 minutos, para iniciantes mesmo:
a) Uma aulinha de 13 minutos, para iniciantes mesmo:
b) Se quiser uma aula mais longa, tem essa:
4. Dançar!
Gente, se tem uma coisa que ajuda a tirar a tensão e a ansiedade é dançar! Aí depende muito do seu gosto musical, né, mas vou colocar aqui algumas coisinhas que eu curto muito (lembrando que toda essa coisa de rebolar e agachar é óóótimo para ir preparando para o trabalho de parto):
Gente, se tem uma coisa que ajuda a tirar a tensão e a ansiedade é dançar! Aí depende muito do seu gosto musical, né, mas vou colocar aqui algumas coisinhas que eu curto muito (lembrando que toda essa coisa de rebolar e agachar é óóótimo para ir preparando para o trabalho de parto):
a) https://www.youtube.com/watch?v=G04SrPjlvW8
b) https://www.youtube.com/watch?v=qvxBE5yUfvg
c) https://www.youtube.com/watch?v=Coy8Hoa1DNw
d) https://www.youtube.com/watch?v=1-ueDrvo07A
e) https://www.youtube.com/watch?v=gRD8CXqRq28
f) https://www.youtube.com/watch?v=N0io9Uub_JM
g) https://www.youtube.com/watch?v=6IUKG7fij9w
b) https://www.youtube.com/watch?v=qvxBE5yUfvg
c) https://www.youtube.com/watch?v=Coy8Hoa1DNw
d) https://www.youtube.com/watch?v=1-ueDrvo07A
e) https://www.youtube.com/watch?v=gRD8CXqRq28
f) https://www.youtube.com/watch?v=N0io9Uub_JM
g) https://www.youtube.com/watch?v=6IUKG7fij9w
5. Aterrar
Andar descalço em contato com a grama, com a areia, enfim, pisar diretamente em contato com a natureza.
Andar descalço em contato com a grama, com a areia, enfim, pisar diretamente em contato com a natureza.
6. Chás
Tem gente que acha que não pode tomar chá nenhum durante a gravidez. Mentiraaaa! Tem um monte de chá calmante, delicioso e sem contraindicação que vocês podem tomar aos montes! Camomila, capim-limão e erva doce estão entre eles!
Tem gente que acha que não pode tomar chá nenhum durante a gravidez. Mentiraaaa! Tem um monte de chá calmante, delicioso e sem contraindicação que vocês podem tomar aos montes! Camomila, capim-limão e erva doce estão entre eles!
7. Escalda-pés
Nossa, uma delícia para relaxar! Principalmente mais pro final da gravidez, quando a gente começa a inchar... Ferva uma água e coloque hortelã, capim-limão ou calêndula, só para dar alguns exemplos... Assim que a temperatura da água estiver suportável, coloque os pezinhos e curta o relaxamento!
Nossa, uma delícia para relaxar! Principalmente mais pro final da gravidez, quando a gente começa a inchar... Ferva uma água e coloque hortelã, capim-limão ou calêndula, só para dar alguns exemplos... Assim que a temperatura da água estiver suportável, coloque os pezinhos e curta o relaxamento!
8. Faça sexo
O bebê está mais que bem protegido pela bolsa das águas, colo do útero, tampão... Aproveite para fazer amor... Pouca coisa relaxa tanto quanto um bom orgasmo... =]
O bebê está mais que bem protegido pela bolsa das águas, colo do útero, tampão... Aproveite para fazer amor... Pouca coisa relaxa tanto quanto um bom orgasmo... =]
Dica rápida 5
Seja curiosa!
Não fique com dúvidas, não se contente com as informações passadas pelo obstetra! Entre em grupos do face, faça infinitas buscas no Google, leia muuuuito, se informe muuuuuito, fique especialista em gravidez e parto. Você vai se surpreender com quantas coisas os médicos não nos contam........!


Dica rápida 4
Hidroginásticaaaa! Meninas, é simplesmente libertador para uma grávida de barrigão, que mal consegue andar, em terra, a quantidade de saltos e aberturas que ela consegue fazer na água! Faz um bem danado para o corpo e para a alma!
Por que ter uma doula?
Bom, gente, pra começar é importante dizer que doula não é acompanhante. E que, por consequência, marido não é doula, mãe não é doula. Cada um tem seu papel, sua importância e seu momento de agir.
O processo de parto e nascimento, principalmente no contexto hospitalar, é marcado muitas vezes por uma atmosfera de risco, com dor, sofrimento, frustração, insatisfação e mesmo violência, sendo muitas as histórias de mulheres que viram o momento mágico do nascimento de seu bebê se tornar uma experiência dolorosa e muito distante do que elas gostariam que fosse. A presença do acompanhante e da doula servem para minimizar ao máximo essas experiências negativas, permitindo que o parto seja experimentado como deve ser.
O apoio oferecido pelo acompanhante e pela doula se complementam. O acompanhante tem um vínculo emocional com a mulher, e isso torna mais difícil que ele se mantenha calmo diante dos desconfortos e queixas da parturiente. Neste mesmo momento, a doula consegue calmamente ajudar essa mulher a lidar com seu trabalho de parto, ao mesmo tempo em que tranquiliza o acompanhante.
A palavra doula vem do grego, significando mulher que serve. Seu papel começa durante a gestação. Seu primeiro papel é ouvir a mulher. Essa mulher que está, em seu turbilhão hormonal, cumprindo as várias tarefas de seu cotidiano, na correria de sempre, e muitas vezes com dificuldades de entrar em contato com as próprias emoções. Não somos psicólogas, mas somos também mulheres, acostumadas a lidar com grávidas, e gostamos de ouvir. Além disso, a doula vai ajudar a grávida a se informar sobre os vários aspectos relacionados ao parto, a fim de encontrar e analisar suas opções e decidir sobre o nascimento da criança. Ela vai também incentivar a elaboração do plano de parto e de pós-parto, em que a mulher registra suas opções para o trabalho de parto, parto e puerpério. Não cabe a ela tomar as decisões, mas sim deixar o casal livre para fazer suas escolhas.
Durante o trabalho de parto, a doula será aquela pessoa que apoia fisicamente a grávida com técnicas não farmacológicas para o alívio da dor – massagens, água quente, dança de posição, etc. É ela também que vai incentivar com palavras e carinho essa mulher, para que ela consiga se concentrar no processo e lembrar das escolhas feitas. Ela não é médica ou enfermeira, logo sua atenção não estará nos procedimentos médicos e técnicos. Sua atenção estará, principalmente, na mulher. Ela é quem vai lembrar de oferecer líquidos, de contar para a mulher como está o seu processo, de incentivá-la. Ela é quem vai ajudar a mulher a visualizar o bebê abrindo seu caminho, quem vai vocalizar junto com ela, quem vai sugerir um banho quente. A presença da doula é carinho, conforto, acolhimento, alívio. E de uma forma que o acompanhante, sozinho, muitas vezes se atrapalha em fazer, justamente por estar muito envolvido emocionalmente com o processo.
Após o nascimento, a doula continua seu suporte, ajudando na adaptação da nova família, alertando sobre o baby blues e a depressão pós-parto, ajudando no estabelecimento da amamentação. Esse vínculo tão forte, estabelecido com a mulher, vai então se desvanecendo, mas pode ser prolongado por um mês, um ano ou até mesmo pela vida toda.
Se você está grávida, procure o quanto antes uma doula. Se não está, divulgue essa página e esse texto para suas amigas grávidas e estimule-as a procurarem uma. Todos os estudos apontam para uma satisfação muito maior com todo o processo de gravidez, parto e puerpério das mulheres que foram acompanhadas por doula, e esse cuidado a gente deseja pra todo mundo!
Dica rápida 3
Hidratar bem a barriga mais de uma vez por dia e hidratar bem ajuda a prevenir as estrias. Mas olha... sem neura! Seu corpo não vai ser o mesmo de antes do bebê, que tal encontrar a beleza disso?
Vamos falar sobre baby blues?
São aproximadamente 40 semanas de preparação e, principalmente no último mês, muita ansiedade. Casa pronta, roupinhas prontas, fraldas, tudo ajeitadinho, só à espera da chegada da/o nova/o integrante da família. Enfim chega a hora, e a criança vem ao mundo. Nessa hora, a mulher se sente finalmente completa, plena, realizada, capaz, feliz... Será???
O baby blues, também conhecido como blues puerperal ou tristeza materna, atinge até 70% das mães e costuma iniciar entre o 3º e 5º dia do nascimento do bebê. Ele é caracterizado por dificuldades para dormir, choro excessivo (inclusive por pequenas coisas, tipo a roupinha não servir), mudanças de humor repentinas, irritabilidade, sentimentos de inadequação (não nasci pra isso, não sei cuidar dessa criança...), não se reconhecer mais.
A verdade é que o sistema patriarcal da nossa sociedade prega sempre que as mulheres foram feitas para o casamento e para a maternidade. Desde muito pequenas somos treinadas para cuidarmos dos afazeres domésticos e das crianças, brincamos de boneca, mamãe e filhinha... E crescemos tendo incutida em nossa mente a ideia de que é na maternidade que a mulher se torna plena, que ser mãe e criar os seres humanos da próxima geração é a nossa missão na vida. Antes de termos filhos, idealizamos e glamourizamos demais a maternidade, com imagens de uma criança tranquilamente adormecida em nossos braços e uma lagrimazinha de amor e felicidade escorrendo no canto dos nossos olhos, com um companheiro amoroso registrando as cenas e nos auxiliando em tudo. Em teoria, estamos prontas. Em teoria, sabemos exatamente o que fazer quando tivermos nosso bebê no colo.
Só que na prática não é assim que funciona. As crianças não vêm com manual de instruções e geralmente não seguem o script dos nossos sonhos. E a verdade é que a adaptação de mãe e bebê não é tão simples e mágica como crescemos acreditando.
Primeiro: as alterações hormonais pós-parto são violentíssimas! Os hormônios da gestação desaparecem e os da produção de leite começam a trabalhar. Segundo: há uma sensação de incerteza sobre o que vem a seguir. Terceiro: de repente as responsabilidades do cuidado com a criança podem parecer pesadas demais, afinal, você é a responsável por manter vivo, limpo, bem alimentado e acalentado aquele novo ser. Isso considerando-se que tudo corra conforme o esperado. Mas, além disso, muitas mães enfrentam dificuldades na amamentação, por exemplo, o que torna tudo um pouco mais complicado.
Essa sensação de melancolia pode se estender por algumas semanas após o nascimento, e pode ir e vir ao longo dos dias. Para atravessá-la, a mulher precisa APRENDER A PEDIR AJUDA. O ideal é que haja, no mínimo nos 40 dias que se seguem ao parto, alguém responsável por tudo o que não for o cuidado com o bebê, e que a mãe se concentre no vínculo e cuidado com o recém-nascido e em seu próprio descanso. Se isso não estiver acontecendo e bater esse blues, a mulher deve ligar pra mãe, pra doula, pra tia, pra prima... e dizer que precisa de um socorro. É esse auxílio, bastante descanso e o próprio tempo que vão reequilibrar as emoções e mandar a tristeza pra longe.
Ah, sim, muito importante! Cuidado para não confundir o baby blues com depressão pós-parto! Se esses sintomas forem acompanhados de ideias suicidas ou incapacidade de cuidar do bebê, ou se você tem histórico de depressão na família e perceber que os sintomas estão muito intensos, procure apoio especializado!

Dica rápida 2
pernas e pés inchados ao final do dia é normal, e colocar para cima pode dar uma boa aliviada. Agora já acordar com pernas, pés e rosto inchados é um sinal de alerta para hipertensão, por exemplo - nesse caso, procure seu médico.
mitos e verdades
Hoje compartilho um vídeo interessante que discute mitos e verdades da gravidez. Pulem direto para 1:20, porque o início é só uma enrolação para lá de chata! kkkkk
As questões discutidas são:
1. O uso de alguns cosméticos, como tintura de cabelo, podem interferir na formação do feto?
2. Mulheres que já sofreram um aborto têm mais dificuldade para engravidar novamente?
3. Só acontece aborto no primeiro trimestre?
4. A mudança da lua influencia na hora do parto?
5. O formato da barriga pode indicar o sexo do bebê?
6. A mulher tem mais azia se o bebê é cabeludo?
7. Sexo durante a gravidez faz mal para o bebê?
8. Todas as mulheres grávidas têm enxaqueca?
9. Mulheres que têm silicone ou fizeram redução podem amamentar?
10. As mulheres têm desejo de comer combinações estranhas?
2. Mulheres que já sofreram um aborto têm mais dificuldade para engravidar novamente?
3. Só acontece aborto no primeiro trimestre?
4. A mudança da lua influencia na hora do parto?
5. O formato da barriga pode indicar o sexo do bebê?
6. A mulher tem mais azia se o bebê é cabeludo?
7. Sexo durante a gravidez faz mal para o bebê?
8. Todas as mulheres grávidas têm enxaqueca?
9. Mulheres que têm silicone ou fizeram redução podem amamentar?
10. As mulheres têm desejo de comer combinações estranhas?
https://www.youtube.com/watch?v=LL6Edpt4Hik
Dica rápida
se você acorda com muito enjoo (a maioria das grávidas reclama desse enjoo logo ao levantar da cama), deixe algumas bolachas de água e sal na sua cabeceira e coma ainda deitada, devagar. Vai ajudar!
Uau, galera! Quanta polêmica essa resolução governamental que estimula o parto normal está gerando, hein?!
Para começar, é preciso compreender que a cesariana é uma cirurgia. Muitos já devem ter ouvido que não existe cirurgia sem risco, e essa é uma verdade que aprendi muito dolorosamente. Não existe cirurgia simples. Fazer uma cesárea implica em anestesia, sete camadas do corpo feminino cortadas, cerca de 75 pontos dados. Se essa cirurgia for feita sem que a mulher esteja em trabalho de parto, não há como saber se, de fato, os pulmões do bebê estão maduros, o que aumenta muito o risco de complicações ao nascer e de que a criança precise ficar em UTI neonatal. O risco do parto cirúrgico é bem maior para mãe e filho do que em um parto normal. É por isso que a Organização Mundial de Saúde estabelece que as cesarianas girem em torno de 10% do total dos partos, porque essa é a porcentagem de mulheres que efetivamente tem alguma complicação no parto e precisam ser operadas e fim de não morrerem, nem elas nem seus bebês.
No Brasil, as taxas de cesariana estão muito, muito acima disso. Os planos de saúde, então, giram em torno dos 90%. A maioria dos obstetras que atendem por convênio nem lembram mais como é acompanhar um parto normal, porque realmente só fazem cesáreas. Será que todas essas mães operadas por seus médicos para terem seus filhos tiveram alguma intercorrência que tornasse a cirurgia necessária? Será que, então, tiveram toda a informação sobre as duas vias de parto e escolheram, conscientemente, a cirurgia? A ANS entendeu que não. A ANS entendeu que os médicos estão manipulando suas pacientes de modo a confortavelmente encaixarem o nascimento de seus filhos para não haver choque entre agendas, para não terem que ficar à disposição, para não terem que esperar a progressão do trabalho de parto. A ANS entendeu que esse índice de 90% das cesarianas indica que mulheres estão sendo operadas desnecessariamente.
O que diz a resolução???
1) Os planos de saúde terão que fornecer à mulher o cartão da gestante, onde ficará registrado todo o pré-natal.
2) A mulher que quiser uma cesariana terá que assinar um termo de consentimento que lista todos os riscos da cirurgia. Sim, ela pode escolher agendar uma cesárea em vez de entrar em trabalho de parto, apenas ela terá que declarar que sabe todos os riscos a que está se expondo e expondo seu bebê. Não vejo nenhum absurdo nisso!
3) O médico terá preencher, no trabalho de parto, um documento chamado PARTOGRAMA. O partograma é uma representação gráfica dos eventos do trabalho de parto, onde são registrados os sinais vitais do feto, dilatação cervical, duração do trabalho de parto, etc. Esse registro vai sendo feito ao longo da permanência da mulher no hospital (ou ao longo do trabalho de parto em casa) e permite determinar se o trabalho de parto está ou não evoluindo conforme o esperado. Esse registro impossibilita que o médico decida, aos 4cm de dilatação da mulher, que ela “não vai dilatar”, a não ser que os valores no partograma mostrem que realmente a dilatação está muito fora do esperado. Impossibilita que o médico diga que a grávida tem que fazer uma cesárea “de emergência” agendada para 9h do sábado seguinte. Impossibilita que o médico marque a cesárea porque o cordão umbilical está enrolado no pescoço. Ou seja, vai ficar bem mais difícil para eles enganarem as mulheres que planejaram ter seu filho num parto normal. Nos casos muito urgentes em que o partograma não possa ser preenchido, o médico poderá apresentar um relatório médico detalhado, ou seja, ninguém vai morrer porque o médico ficou ocupado preenchendo o partograma.
Comemoro muito a entrada em vigor dessa resolução, porque no mínimo está incitando o debate e a informação, além de pressionar os médicos a permitirem que a mulher exerça realmente seu direito de escolha quanto ao parto. Contudo, os prováveis efeitos dessa resolução ainda me intrigam. Tenho medo dos primeiros partos que esse médico que sempre fez cesárea vai acompanhar. Porque é algo em que a maioria dos médicos não tem mais segurança! São tantos anos operando que eu acredito que eles ficarão assustados com a possibilidade de algo acontecer e venham com a “cascata” de intervenções (ocitocina, analgesia, episiotomia, etc.) para tentar se precaver de qualquer incidente. Mas, ao mesmo tempo, tenho fé de que o caminho da humanização do parto comece a se abrir para mais médicos, para o bem de mulheres e bebês!
Para começar, é preciso compreender que a cesariana é uma cirurgia. Muitos já devem ter ouvido que não existe cirurgia sem risco, e essa é uma verdade que aprendi muito dolorosamente. Não existe cirurgia simples. Fazer uma cesárea implica em anestesia, sete camadas do corpo feminino cortadas, cerca de 75 pontos dados. Se essa cirurgia for feita sem que a mulher esteja em trabalho de parto, não há como saber se, de fato, os pulmões do bebê estão maduros, o que aumenta muito o risco de complicações ao nascer e de que a criança precise ficar em UTI neonatal. O risco do parto cirúrgico é bem maior para mãe e filho do que em um parto normal. É por isso que a Organização Mundial de Saúde estabelece que as cesarianas girem em torno de 10% do total dos partos, porque essa é a porcentagem de mulheres que efetivamente tem alguma complicação no parto e precisam ser operadas e fim de não morrerem, nem elas nem seus bebês.
No Brasil, as taxas de cesariana estão muito, muito acima disso. Os planos de saúde, então, giram em torno dos 90%. A maioria dos obstetras que atendem por convênio nem lembram mais como é acompanhar um parto normal, porque realmente só fazem cesáreas. Será que todas essas mães operadas por seus médicos para terem seus filhos tiveram alguma intercorrência que tornasse a cirurgia necessária? Será que, então, tiveram toda a informação sobre as duas vias de parto e escolheram, conscientemente, a cirurgia? A ANS entendeu que não. A ANS entendeu que os médicos estão manipulando suas pacientes de modo a confortavelmente encaixarem o nascimento de seus filhos para não haver choque entre agendas, para não terem que ficar à disposição, para não terem que esperar a progressão do trabalho de parto. A ANS entendeu que esse índice de 90% das cesarianas indica que mulheres estão sendo operadas desnecessariamente.
O que diz a resolução???
1) Os planos de saúde terão que fornecer à mulher o cartão da gestante, onde ficará registrado todo o pré-natal.
2) A mulher que quiser uma cesariana terá que assinar um termo de consentimento que lista todos os riscos da cirurgia. Sim, ela pode escolher agendar uma cesárea em vez de entrar em trabalho de parto, apenas ela terá que declarar que sabe todos os riscos a que está se expondo e expondo seu bebê. Não vejo nenhum absurdo nisso!
3) O médico terá preencher, no trabalho de parto, um documento chamado PARTOGRAMA. O partograma é uma representação gráfica dos eventos do trabalho de parto, onde são registrados os sinais vitais do feto, dilatação cervical, duração do trabalho de parto, etc. Esse registro vai sendo feito ao longo da permanência da mulher no hospital (ou ao longo do trabalho de parto em casa) e permite determinar se o trabalho de parto está ou não evoluindo conforme o esperado. Esse registro impossibilita que o médico decida, aos 4cm de dilatação da mulher, que ela “não vai dilatar”, a não ser que os valores no partograma mostrem que realmente a dilatação está muito fora do esperado. Impossibilita que o médico diga que a grávida tem que fazer uma cesárea “de emergência” agendada para 9h do sábado seguinte. Impossibilita que o médico marque a cesárea porque o cordão umbilical está enrolado no pescoço. Ou seja, vai ficar bem mais difícil para eles enganarem as mulheres que planejaram ter seu filho num parto normal. Nos casos muito urgentes em que o partograma não possa ser preenchido, o médico poderá apresentar um relatório médico detalhado, ou seja, ninguém vai morrer porque o médico ficou ocupado preenchendo o partograma.
Comemoro muito a entrada em vigor dessa resolução, porque no mínimo está incitando o debate e a informação, além de pressionar os médicos a permitirem que a mulher exerça realmente seu direito de escolha quanto ao parto. Contudo, os prováveis efeitos dessa resolução ainda me intrigam. Tenho medo dos primeiros partos que esse médico que sempre fez cesárea vai acompanhar. Porque é algo em que a maioria dos médicos não tem mais segurança! São tantos anos operando que eu acredito que eles ficarão assustados com a possibilidade de algo acontecer e venham com a “cascata” de intervenções (ocitocina, analgesia, episiotomia, etc.) para tentar se precaver de qualquer incidente. Mas, ao mesmo tempo, tenho fé de que o caminho da humanização do parto comece a se abrir para mais médicos, para o bem de mulheres e bebês!
GRAVIDEZ – Quando contar? Pra quem contar?
Quando me sugeriram este tema para fazer um post aqui na página, fiquei pensando na minha primeira gravidez. Descobri com um teste de farmácia e imediatamente corri para o hospital para fazer um beta, confirmando, assim, a gravidez. Antes da confirmação, minha irmã, meu marido e minha sogra já sabiam. Nunca me passou pela cabeça não contar sobre a gravidez. Marquei, em seguida, a consulta com minha ginecologista, cheguei toda feliz com o beta, e ela me jogou um imenso balde de água fria. Palavras dela: “Não encare isso ainda como uma gravidez. Pode ser uma gravidez tubária, anembrionária, alteração hormonal... Gravidez só é gravidez quando você fizer uma ultra e ouvir o coraçãozinho batendo. E nem adianta fazer a ultra agora porque, pela sua idade gestacional, não vai dar pra ver nada e você vai ficar ainda mais desesperada... Então está aqui o pedido, você espera mais umas três, quatro semanas e aí faz a ultra. Não sai contando pras pessoas, não, porque além de tudo isso que eu te falei, o número de abortos espontâneos nos três primeiros meses é muito alto. Depois dos três meses você dá a notícia para as pessoas”. Fiquei tão em estado de choque que nem contestei. Afinal, eu não estava grávida? É isso que ela estava me falando? Pesquisei e vi que, quando estamos grávidas, os números do beta crescem muito, dia a dia. Repeti o exame, vi que tinha aumentado, e decidi que estava grávida e não ia pensar em todas as hipóteses levantadas pela médica. Tudo deu certo: era gravidez, não tive aborto, e nem por um momento questionei minha decisão de contar pra todo mundo e fazer a maior festa.
Hoje, encaro um pouco diferente. Não por experiência própria, mas de pessoas muito queridas próximas a mim, vejo que contar pra todo mundo e fazer festa pode trazer ainda mais sofrimento diante do que já é sofrido. Minha médica foi muito fria e, de certa forma, cruel, diante da minha empolgação, porém ela estava certa: o índice de positivos que não evoluem para um bebê no colo é alto demais para ser simplesmente ignorado pela mulher. Creio que todas nós conhecemos alguém que já passou por essa triste experiência. Uma dessas mulheres, muito próxima a mim, tem uma rede muito grande de amigos, além de uma família grande e participativa. Ao descobrir a gravidez, ainda muito no início, essa amiga fez a maior festa: contou para todos, colocou no facebook, já saiu comprando as roupinhas... Um mês depois, quando foi fazer a primeira ultra, descobriu que não estava grávida, que não havia no corpo sinal de já ter estado. Até hoje essa amiga não sabe se foi uma alteração hormonal, um erro do laboratório, enfim... A dor foi muito grande, era o primeiro bebê, muito sonhado, planejado... Mas lembro bem dessa amiga me perguntando: “E agora, cara? Como é que eu vou contar isso pras pessoas? Tá todo mundo sabendo, todo mundo comemorando...!”. Quer dizer, além de lidar com a própria dor, esta mulher estava preocupada com toda a sua rede e com frustrar todas essas pessoas... E aí, seria melhor não ter contado?
Meninas, a verdade é que contar ou não é algo muito, muito pessoal. Não serei eu, aqui, que vou te dizer quando e pra quem contar. Mas com base nas minhas experiências, só aconselho a não colocar em redes sociais até o terceiro mês, porque essa foi uma das principais fontes de frustração. Hoje parece que tudo tem que estar no face, né?! O que comemos, para onde viajamos, com quem e onde estamos... Talvez a gravidez seja também um bom momento para repensar toda essa exposição. Ao colocarmos a grande notícia no face, ali estão amigos queridos, mas também conhecidos que quase nunca vemos – será que é tão importante assim que eles saibam da gravidez tão no início? Então nesse primeiro trimestre, que é, mesmo, o tempo de a gente se familiarizar com a ideia de estar grávida, organizar os sentimentos, compartilhe esse momento não com toda a sua rede social, mas com aquelas pessoas íntimas, queridas, que você sabe que, em caso de uma intercorrência, estarão ao seu lado dando apoio. Não contar pra ninguém é muito complicado, hehe, eu jamais conseguiria! Mas contar pra todo mundo pode ser um grande erro.
Hoje, encaro um pouco diferente. Não por experiência própria, mas de pessoas muito queridas próximas a mim, vejo que contar pra todo mundo e fazer festa pode trazer ainda mais sofrimento diante do que já é sofrido. Minha médica foi muito fria e, de certa forma, cruel, diante da minha empolgação, porém ela estava certa: o índice de positivos que não evoluem para um bebê no colo é alto demais para ser simplesmente ignorado pela mulher. Creio que todas nós conhecemos alguém que já passou por essa triste experiência. Uma dessas mulheres, muito próxima a mim, tem uma rede muito grande de amigos, além de uma família grande e participativa. Ao descobrir a gravidez, ainda muito no início, essa amiga fez a maior festa: contou para todos, colocou no facebook, já saiu comprando as roupinhas... Um mês depois, quando foi fazer a primeira ultra, descobriu que não estava grávida, que não havia no corpo sinal de já ter estado. Até hoje essa amiga não sabe se foi uma alteração hormonal, um erro do laboratório, enfim... A dor foi muito grande, era o primeiro bebê, muito sonhado, planejado... Mas lembro bem dessa amiga me perguntando: “E agora, cara? Como é que eu vou contar isso pras pessoas? Tá todo mundo sabendo, todo mundo comemorando...!”. Quer dizer, além de lidar com a própria dor, esta mulher estava preocupada com toda a sua rede e com frustrar todas essas pessoas... E aí, seria melhor não ter contado?
Meninas, a verdade é que contar ou não é algo muito, muito pessoal. Não serei eu, aqui, que vou te dizer quando e pra quem contar. Mas com base nas minhas experiências, só aconselho a não colocar em redes sociais até o terceiro mês, porque essa foi uma das principais fontes de frustração. Hoje parece que tudo tem que estar no face, né?! O que comemos, para onde viajamos, com quem e onde estamos... Talvez a gravidez seja também um bom momento para repensar toda essa exposição. Ao colocarmos a grande notícia no face, ali estão amigos queridos, mas também conhecidos que quase nunca vemos – será que é tão importante assim que eles saibam da gravidez tão no início? Então nesse primeiro trimestre, que é, mesmo, o tempo de a gente se familiarizar com a ideia de estar grávida, organizar os sentimentos, compartilhe esse momento não com toda a sua rede social, mas com aquelas pessoas íntimas, queridas, que você sabe que, em caso de uma intercorrência, estarão ao seu lado dando apoio. Não contar pra ninguém é muito complicado, hehe, eu jamais conseguiria! Mas contar pra todo mundo pode ser um grande erro.
[Se tiver uma amiga tentando engravidar ou que acabou de descobrir a gravidez, indique para ela esta página. De repente esse post pode ser super útil para ela!]
Dica de filmes
Opa! Que post gostoso! Dica de filmes para as gravidinhas!
Os dois obrigatórios são 'RENASCIMENTO DO PARTO' e 'PARTO ORGÁSMICO'. O primeiro mostra bem a realidade dos nascimentos hoje no Brasil e como nascer se tornou mais um fenômeno mercadológico e capitalista do que algo natural; o segundo, traz vários nascimentos e destaca a importância da conexão entre os pais e como o momento de nascer pode ser algo realmente sublime.
Mas, além desses dois, há alguns filmes que envolvem esse universo de gravidez, parto e maternidade e são gostosos para passar o tempo e refletir.
1. O que esperar quando se está esperando - cinco casais lidando com as surpresas e dificuldades da gestação. É bastante divertido.
2. Ligeiramente grávidos - a história de uma gravidez por acidente e como se adaptar a ela.
3. Olha quem está falando - retrata a vida amorosa da mãe pelos olhos de seu filho.
4. Juno - mostra os dilemas de uma adolescente grávida tentando encontrar soluções.
5. Nove meses - conta a história de um terapeuta infantil e sua reação diante de uma gravidez inesperada.
6. Júnior - o filmes mostra um pesquisador que acabou grávido para testar uma droga inovadora.
7. Bebês - documentário mega master blaster ultra fofo que mostra a rotina de quatro bebês de diferentes lugares, com diferentes costumes.
E aí, lindas? Quais vocês já assistiram? Que impressão causaram? Gostaram? Recomendam?
Dica de Roda
Para quem mora mais pro lado Norte da cidade, algumas opções de rodas de grávidas. Tem também toda sexta, às 9h, no HUB.
As rodas são minha principal recomendação para todas as grávidas. Trocar experiências com outras mulheres vivendo o mesmo momento é muito enriquecedor e acalenta o coração!

A GRAVIDEZ NÃO DURA NOVE MESES À TOA
É isso. Não importa se a sua gravidez foi super planejada e desejada ou se foi aquele escorregão mor, olhar para o teste e ver o positivo gera uma sensação de total e completa perplexidade. Ficamos olhando aqueles dois tracinhos ou aqueles números elevados e tentando entender se aquilo que estamos vendo é mesmo aquilo que estamos vendo. E rimos, ou choramos, ou rimos e choramos, tentando absorver a mudança fenomenal que nossa vida vai ter nos próximos meses.
Os três primeiros meses da gestação são marcados por uma confusão de marca maior! Visualmente, não há nada que indique que há uma criança se formando em nosso ventre. Acordamos sempre nos perguntando se é aquilo mesmo, se estamos grávidas de verdade. Muitos medos começam a nos assaltar: medo de perder a criança, medo da relação do pai do bebê com nossa(o) filha(o), medo do parto, medo de perder o emprego, medo de não conseguir cuidar... No caso de gravidez por escorregão, ainda há toda a confusão de aceitar ou não a gravidez, de não querer o bebê, de pensar que não é a hora... Pois é, minhas lindas! Essa confusão mental, esses sentimentos tão antagônicos e controvertidos, vão se juntar às incríveis transformações físicas (aumento GIGANTESCO da produção de hormônios, início do crescimento do útero, multiplicação desenfreada das células que formarão o feto, aumento do volume das mamas, etc., etc., etc.) e gerar os famosos sintomas do primeiro trimestre, a partir dos quais muitas descobrem a gravidez. Enjoos, vômitos, sonolência, cólicas, dores nas pernas... Engraçado como uma coisinha tão pequena vira nossa vida de cabeça para baixo. Então o primeiro trimestre é um momento da grávida se voltar para ela mesma... Refletir muito, entrar em contato com esses sentimentos confusos, aceitá-los, processá-los; descansar quando o corpo pedir, manter-se bem hidratada, relaxar, meditar... É hora de a gente tentar reduzir um pouco o ritmo frenético do cotidiano e olhar para nós mesmas e para nosso pequeno bebezinho.
O segundo trimestre é considerado o mais gostoso da gravidez. Aqui começamos a fisicamente parecer grávidas. A gravidez já é um fato consolidado, os medos e sentimentos antagônicos do início da gestação estão apaziguados, já aparece a barriguinha, começamos a sentir o bebê mexendo, mas ainda não temos os incômodos de quando ele está mais perto de nascer. Normalmente é nesse momento que a grávida sente um aumento considerável de energia, de vitalidade. Esse é um bom momento para preparar o enxoval do bebê, arrumar o quartinho (ou cantinho do nosso quarto, hehehe), planejar um chá de bebê e, principalmente, planejar o nascimento dessa criança. Buscar muuuuuuita informação sobre todas as vias e locais de parto, cuidados ao recém-nascido, e pensar no que nos deixa seguras. Uma doula e as rodas de grávidas vão ajudar demais nisso!
Por fim, chega o terceiro trimestre. Nosso amontoadinho de células já virou um bebezinho, e pesa! A barriga fica enorme, o umbigo salta, fica difícil respirar, comer, dormir, sentar, levantar, trabalhar, buscar um copo d’água... Os seios ficam enormes, os mamilos ficam grossos, a aréola cresce... Começa aquela dorzinha sofrida na “perseguida”... Emocionalmente, voltamos a ter medo... Medo de esquecer alguma coisa, medo de engordar demais, medo do parto, medo de sermos desrespeitadas em nossas escolhas, medo da grande mudança que irá se operar... No final da gravidez, ficamos frágeis e vulneráveis. Queremos ver logo o rostinho da nossa criança, mas ao mesmo tempo tememos esse momento. Por isso é tão importante que tenhamos ao nosso redor uma rede de proteção, que segure nossa mão e nos acalme, que nos diga que tudo está como tem que ser... Por isso é fundamental ter uma doula, uma boa equipe médica, uma família bem informada.
Toda a gravidez nos leva para este momento, para estarmos física e emocionalmente equilibradas para receber uma nova vida. Os nove meses não são apenas o tempo necessário para a criança se formar e se desenvolver: são também o tempo necessário para processar, aceitar, planejar e organizar a chegada de um novo ser.
"Meu Deus!!! Estou grávida e desejo um parto natural, humanizado, mas parece que é impossível conseguir isso nessa cidade!!!!"
"Meu Deus!!! Estou grávida e desejo um parto natural, humanizado, mas parece que é impossível conseguir isso nessa cidade!!!!"
Verdade, meninas... Parir no Brasil, especialmente aqui no DF, está cada vez mais e mais difícil. Os médicos de convênio não acompanham parto, os particulares cobram muito caro, a casa de parto só atende determinadas regiões e tem muitas restrições... Como fazer? O que fazer?
Vou começar, rapidinho, com o que NÃO FAZER: não comece procurando o médico. Você vai economizar muita energia e tempo se seguir o meu atalho. O caminho mais curto é: encontre uma doula e comece a frequentar rodas de grávidas.
As rodas são um espaço incrível no processo de empoderamento e informação, pois é onde mulheres de diversas idades gestacionais abrem seus coraçõezinhos e compartilham expectativas, medos, conquistas. Ouvindo sua doula e essas mulheres, vai ser bem mais fácil encontrar seu caminho para o parto que você deseja!
[Observação MUITO IMPORTANTE: no post, quando eu falo para procurar doula e rodas antes de procurar o médico, me refiro ao médico humanizado, ao que fará o parto. Porém é fundamental para a saúde de mãe e bebê que o pré-natal tenha início assim que constatada a gravidez, portanto você deve, sim, procurar um médico logo no início para fazer os seus exames, mas sabendo que provavelmente não será o que te acompanhará até o final. Obrigada, Ju Lins, por essa valiosa colaboração!]
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