quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

E a episiotomia?


Episiotomia é uma intervenção cirúrgica feita no parto vaginal, em que um corte é feito entre a vagina e o ânus da mulher, a fim de facilitar a saída do bebê. Outra vantagem da episiotomia seria a de prevenir lacerações espontâneas, preservando a saúde genital. A sutura ("costura") da episiotomia é chamada de episiorrafia. Além dos pontos necessários para fechar a episio, alguns obstetras dão também o famoso "ponto do marido", um ponto a mais do que o necessário, para deixar a mulher mais 'apertada', como se tivesse ficado virgem de novo.
Por que a episiotomia é desnecessária?
1. É possível preparar o períneo para que não haja laceração. Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e massagens no períneo aumentam a força e a elasticidade da vagina.
2. A simples mudança na posição do expulsivo já aumenta significativamente o canal de parto. Se a mulher ficar de cócoras, o canal vaginal abre 30% em relação à posição deitada de barriga pra cima.
3. Lacerações graves geralmente são causadas não pela saída do bebê em si, mas por outras intervenções de parto (analgesia, puxos dirigidos e a abominável manobra de kristeller, por exemplo).
4. Em um parto sem intervenções, mesmo que haja uma laceração, ela dificilmente vai atingir a camada muscular, a qual é cortada na episio.
5. Mesmo que haja uma laceração, ela vai seguir o desenho natural do tecido, em uma sutura mais “chatinha” de fazer do que o traço reto de uma episio, mas que tem recuperação bem mais rápida.
6. A verdade é que a episiotomia não diminui significativamente o tempo do expulsivo e não impede sequelas para o assoalho pélvico.
7. A episiotomia aumenta a perda de sangue no parto.
8. A episiotomia aumenta a chance de dores pós parto.
9. Os supostos benefícios da episio não compensam seus riscos.
10. O “ponto do marido” costuma gerar como consequência muita dor e incômodo nas primeiras relações sexuais, e não é raro que tenha que ser corrigido cirurgicamente para que a mulher possa voltar a ter relações sexuais.
A única coisa mais grave do que milhões de mulheres terem suas vaginas cortadas desnecessariamente no parto é o fato de elas terem suas vaginas cortadas sem sequer serem avisadas disso! Muitos médicos sequer registram no prontuário que a episiotomia foi realizada. Cortam sem avisar, suturam sem avisar, dão o “ponto do marido” sem avisar. Daí a importância de discutir esse assunto com o obstetra antes de entrar em trabalho de parto, de registrar no plano de parto o desejo de não ser submetida a episiotomia e de, caso ela seja necessária por algum motivo, que o médico aguarde o seu consentimento.
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