quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

São tantos conselhos...


Cada mãe tem uma história e uma vivência. Quando nos descobrimos grávidas, os conselhos vêm aos montes e não param mais, mesmo quando não pedimos. Às vezes é profundamente irritante, alguns conselhos são baseados em meras crendices, alguns - quando pesquisamos - sabemos serem flagrantemente errados e, principalmente, temos vontade de descobrir nossa própria maneira, de trilhar nosso caminho como mães e pais sem tanta interferência.
A primeira coisa é compreendermos que quem fala, fala pelo nosso bem, fala para ajudar. O acesso à informação era mais complicado para nossas mães e avós, e isso gerava uma série de mitos e costumes que iam sendo passados de mãe para filha. Hoje, pela internet, sabendo buscar em sites confiáveis, conseguimos informação qualificada sobre qualquer dúvida, e acabamos descobrindo que muito do que nossas muitíssimo bem intencionadas mulheres não é bem como elas pensam. E essa é a hora em que temos que pensar que o que elas dizem é sempre pensando no nosso melhor, sempre querendo nos ajudar. Convém não bater de frente, não discutir, tentar ter diplomacia, desconversar. Quando isso não der certo, tentar a conversa franca e sincera, explicar os quês e os porquês. Em último caso, de mães e avós muito insistentes, dizer que "o obstetra recomendou", "o pediatra disse que tem que ser assim", também funciona muito bem. Tente não se irritar e focar sempre que as pessoas só querem ajudar.
Um exemplo prático: amamentação e introdução de alimentos. A Organização Mundial de Saúde já preconiza que o leite materno é o único alimento necessário ao bebê até os seis meses de idade. APENAS o leite materno, em livre demanda. Sem água, sem chá, sem nada. O leite hidrata, sustenta, mata a fome, nutre. Ah, mas é só o bebê começar a chorar sem que a causa seja facilmente identificada, que alguém vai sugerir um chazinho para cólica, vai dizer que está muito quente e o bebê está com sede, vai dizer que o leite da mãe é fraco e já não sustenta. A Organização Mundial de Saúde também diz que os bebês devem ser alimentados com leite materno até PELO MENOS dois anos de idade. Pois eu duvido que alguma mãe consiga amamentar seu filho até os dois anos sem ouvir de alguém que já está na hora de tirar o peito da criança...
O importante é buscar SEMPRE informação de qualidade, e uma vez de posse das evidências científicas mais modernas, fazer o que sabe ser melhor para si e para a criança. Agora, pra o bem da convivência familiar, naquilo que não for fundamental é legal honrar nossas mães e avós, manter as tradições familiares. Por exemplo, em algumas regiões é hábito guardar o coto umbilical quando ele cai. Pode não ser importante para você, mas se for importante para sua mãe ou para sua avó, não custa nada guardar (outras regiões usam enterrar).
Então, resumindo, a dica de hoje é: não vá prejudicar a saúde do seu bebê só porque a sua mãe ou a sua avó acham que tem que ser dessa ou daquela maneira, mas procure sempre um caminho de conciliação com essas mulheres que são as responsáveis pela sua existência.

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