Quais são as
principais intervenções de parto que as mulheres sofrem?
Gente, esse post é apenas um
resumo bem resumidinho mesmo das principais intervenções que as mulheres sofrem
quando decidem ter um parto normal. Vale a pena pesquisar e aprofundar um
pouquinho em cada uma delas, para que você seja capaz de entender exatamente o
que cada uma dessas intervenções faz e, na hora do trabalho de parto, ser capaz
de escolher conscientemente o que quer que seja feito ou não.
1. Administração
de ocitocina sintética. A ocitocina sintética é utilizada para induzir ou
acelerar o trabalho de parto. A principal consequência negativa é que as
contrações vêm muito mais frequentes e doloridas, o que aumenta a chance de a
mãe desistir do parto normal e de o bebê entrar em sofrimento fetal. Para ler
mais e entender melhor, clique aqui: http://douladebrasilia.blogspot.com.br/2015/08/os-hormonios-do-parto.html
2. Analgesia.
A princípio, parece uma ideia maravilhosa. Parir uma criança sem sentir dor,
quem não quer? E olha que os bons anestesistas conseguem aplicar uma dose tão
pequena que a gente ainda é capaz de sentir as contrações, mas com bem menos
dor. O problema é que a gente pode até sentir as contrações, mas não sente os “puxos”,
que são aquela vontade doida de fazer força no período expulsivo, uma força que
você faz naturalmente porque não consegue deixar de fazê-la. Com analgesia,
você não sabe quando com como fazer força, e aí o expulsivo tende a ser mais
longo e difícil, a mulher fica exausta porque faz muita força de modo não
efetivo para expulsão do bebê. Isso acaba levando às intervenções 3 e 4.
3. Kristeller.
Uma das maiores atrocidades do nosso sistema obstétrico. É quando o médico ou
enfermeira “sobem” em cima da barriga da mulher, empurrando o bebê para que ele
desça. Todas as evidências científicas condenam o método e na maioria dos
partos ele não é usado, mas volta e meia ouço o relato de um profissional
desatualizado que aplicou esse método desastrado. Gente, o bebê tem seu próprio
processo no expulsivo. Ele vai, aos pouquinhos, achando o caminho dele,
descendo, encaixando. Quando você empurra ele de uma vez, isso vai certamente
machucar tanto mãe quanto bebê, aumentando gravemente os riscos de hemorragia e
lacerações graves!
4. Episiotomia.
Não há qualquer evidência científica de que a episiotomia (corte na vagina da
mulher) diminua o tempo do período expulsivo, e é essa a desculpa com que ela é
usada. A maioria dos médicos usa episio de rotina! Para ler mais e entender
melhor, clique aqui: http://douladebrasilia.blogspot.com.br/2015/08/e-episiotomia.html
5. Puxar
o cordão para a placenta sair logo. A placenta deve ser parida após o bebê
nascer. A mulher volta a sentir algumas contrações e expulsa a placenta que, na
maioria dos casos, sai inteira e linda. Algo que ajuda muito nesse processo é
colocar o bebê no seio para mamar, mas como na maioria dos hospitais,
principalmente os particulares, ainda se separa logo o bebê da mãe, perde-se
esse momento tão especial. O problema é que puxar a placenta aumenta os riscos
de ficar algum pedacinho dela lá dentro, de ela “quebrar”, e aí os riscos de
hemorragia e infecção são bem maiores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário