1. O cordão assassino.
O cordão umbilical é responsável por levar nutrientes para o bebê. Dentro do útero, nosso pequeno bebê movimenta-se o tempo todo. Quem já esteve grávida ou acompanhou de perto uma gravidez deve ter visto que, dentro da mãe, eles chupam o dedo, mudam de posição, brincam com os pezinhos e com o cordão. Eles se enrolam e desenrolam no cordão várias vezes. Vale lembrar, também, que dentro do útero o bebê treina a respiração, inspirando e expirando líquido amniótico, mas não respira ar, já que está imerso em líquido. Gente, por favor. Se o bebê não respira, como o cordão vai matar o bebê sufocado? Outra, o cordão é grande e elástico, o bebê também não vai morrer "estrangulado" pelo cordão. Sendo assim, cordão umbilical enrolado no pescoço, seja uma, sejam duas, sejam três voltas, acontece entre 20 e 37% das gestações e não é indicação para cesárea. Alice mesmo nasceu com o cordão enrolado, coisa que eu já sabia desde a ultrassonografia anterior.

2. Bacia estreita
É impossível, olhando para a bacia de uma mulher, definir de um bebê passa ou não. O que existe, mas é raríssimo, é desproporção céfalo-pélvica, ou seja, o bebê não passa. Atenção: só é possível diagnosticar quando a mulher está totalmente dilatada, ou seja, não tem como saber durante o trabalho de parto, muito menos antes que ele comece. Uma das minhas amigas tem 89 de quadril e pariu, numa boa, um bebê de 4 kg.
3. Prazo de validade da barriga
"Mãezinha... Hoje você completa 39 semanas. O tempo máximo de uma gravidez é 40 semanas. A partir daí, os riscos de morte fetal aumentam muito, e fica muito perigoso esperar..."
Uma gestação normal pode ir tranquilamente até as 42 semanas. Gestação prolongada é a que passa das 42, e não das 40. A única recomendação é, após as 40 semanas, monitorar o bebê para ver sempre se está tudo bem. Estando tudo certo com mãe e bebê, qual é o problema de esperar? Dependendo do quadro, se chega às 41 semanas, pode-se tentar a indução. As alternativas para gestação acima de 41 semanas são, portanto, monitorar e esperar ou induzir o parto. Médico que marca direto a cesárea sem cogitar indução é preguiçoso, mesmo.
4. Não tem dilatação
Dilatação aparece com contrações fortes e doloridas. Antes de entrar em trabalho de parto, algumas mulheres dilatam coisa de 1 a 3 cm, mas isso NÃO É REGRA. O fato de chegar às 38 semanas sem dilatação não significa que a mulher não vá dilatar na hora do trabalho de parto.
Outra coisa: existe uma imensa diferença entre pródromos e trabalho de parto ativo. Os pródromos são o início do TP, quando a mulher começa a sentir contrações levemente doloridas e descompassadas, ou seja, sem intervalos regulares entre elas. Trabalho de parto ativo é quando a mulher está com contrações doloridas, espaçamento regular entre elas e o tempo entre uma e outra diminuindo gradativamente. É aí, e só aí, que a mulher tem que dilatar. E não existe um ritmo determinado pra isso. Algumas mulheres dilatam 1cm por hora, outras tem todo o TP em 2 horas, enfim, não há padrão.
Existem, entretanto, pesquisas que comprovam que quanto mais tranquila e segura a mulher estiver, quanto mais acolhedor for o ambiente, mais rápido ela tende a dilatar.
5. Bolsa rota ou pouco líquido amniótico
O líquido se renova o tempo todo. Partos podem acontecer até 72 horas após a bolsa se romper totalmente, pra vocês terem uma ideia.
6. Bebê grande demais
Gente, a margem de erro das ultrassonografias, principalmente no último mês, é ENORME! Não tem como dizer com certeza o peso de um bebê. Aí o médico diz que o bebê tá passando dos 4kg, a mãe desespera, marca a cesárea, o bebê nasce com 2.900. E aí, quem vai fazer o tempo voltar e devolver o parto roubado? Isso só muda em caso de mãe diabética, algumas vezes os bebês ficam MESMO grandes demais.
Outras desculpas passam por asma, anemia, pressão alta (sem quadro de eclâmpsia), aliviar o cansaço da mãe, etc., etc. Se uma mãe quer escolher uma cesárea, tudo bem, sem problemas, cada uma com sua opção. Mas cair na faca porque está sendo enganada, aí já é demais.
Vale dizer que todos os pseudo-motivos listados acima tem comprovação científica e base em estatísticas. Qualquer dúvida, é só perguntar que eu detalho mais e mostro os dados.
Ai Elisa nem me fale viu... eu sou frustrada por nao conseguir meu PN pelo medico me enganar e eu mae de 1º viagem nao saber o q fazer.... ainda nao me realizei como mãe devido nao ter PARIDOOO!!!! espero q no próximo eu consiga, e tenha um GO competente ao meu lado!
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